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Tuesday, February 24, 2009

Essa casa vai se autodestruir em 3...2...1

Tenho que admitir, meus filhos me venceram. Minha batalha contra a bagunça foi perdida de lavada - e que lavada. Minha casa -inteira- agora é território inimigo, foi conquistada pelo exército "matriosco". Deixo explicar: minha casa tá uma ZONA. Sem empregada desde a sexta pré-carnaval, agora em plena terça eu levantei a bandeira branca e me entreguei, já tô comendo ameixa fresca no sofá - uma gota a mais, outra a menos, não vai fazer absolutamente a menor diferença entre rabiscos de caneta verde, mamadeiras de leite com chocolate, copos inteiros de refrigerante, geléia, entre muitas outros acidentes que acho melhor nem comentar. É(ra) um sofá de chenille bege - têm apenas 3 anos de vida. Ninguém dá menos de quinze agora.

Mas esses estragos precedem o carnaval. É como a lâmpada queimada do meu banheiro, aquelas dicróicas que eu não tenho a menor noção de como troca. Faz seis meses que a caixa novinha está lá fechada. É igual à lâmpada da cozinha, que nunca acende quando eu aperto o interruptor. Ela fica naquele vai, num vai. Tem dias que não vai. Preciso pegar uma vassoura e dar umas cutucadas. Já chamei três eletricistas aqui, mas o mau contato parece ser mais persistente. Mas dessa eu até que não posso reclamar, ela funciona como terapia instântanea. Chegou estressado em casa? Na reunião, só blá blá blá? Seus problemas acabaram. Uso uma colher de pau velha e descarrego toda a energia ruim no interruptor. É tiro e queda, acende na hora.

Não posso deixar de citar as ocorrênicas paranormais que acontecem à noite. De algum lugar ainda não identificado começa a apitar um despertador de relógio que deve estar muito bem muquiado em alguma gaveta da terceira dimensão. Ele toca todo dia às 3 da manhã. Se for um daqueles dias de insônia-TPM eu ouço e fico encafifada tentando encontrar da onde vem aquele bip-bip-bip dos infernos. Um dia eu dou o flagrante e ele vai se arrepender...

Mas como eu ia dizendo, a bagunça. É coisa de louco né? Quanto mais você limpa, mais rápido suja. Quando eu acabei de guardar as roupas, lavar a louça, fazer as camas, dar uma varrida básica, volto a um dos quartos e vejo um cenário pré-modernista digno de Bienal. Meu filho abriu um batom da irmã, meteu os dedinhos gordos e deu asas à criatividade. Além do lençol da cama dela, a parede, o espelho, chão, mesa e corredor estão borrados de rosa. E pra sair? Enquanto eu tava limpando, ele entrou no banheiro, pegou o rolo de papel higiênico, jogou dentro do box ainda molhado e saiu grudando tudo pelas paredes. Outra instalação da Bienal. Se ele não for um Volpi, tem tudo pra Glauber Rocha.

Depois dessa, haja "colheradas" no interruptor... Tô pensando seriamente em desistir. É carnaval e eu já perdi mesmo.

1 Comments:

Blogger Unknown said...

adorei seus textos...
muito mesmo!

adicionando já no meu blogroll!

http://www.moosesp.wordpress.com

12:45 AM

 

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