Cantadas

Ah… nada como estar em qualquer lugar e ouvir aquela “chupada de ar para dentro”, como se o cabra estivesse estrebuchando ou com “aquela” dor de dentes... HUMPT. Gente, cantadas são horríveis. Sempre...

Certo dia, vi um amigo meu mexer com uma mulher na rua.

E a criatura:

- Que chuchu!

Sem se dar por vencido, ao sentir o desprezo merecido da mulher, complementou:

- Pena que está podre...

Ah, se f*der...

Comigo aconteceu algumas vezes. Não sou do tipo “delícia”, mas toda panela tem sua tampa, certo? Hehehe

Numa delas achei que fosse apanhar. Estava com uma blusa decotada. E, como sou uma mulher de peito, chamei a atenção de um meliante no ponto de ônibus. Só que o descarado falou um bom e sonoro GOSTOSA... daí, eu, idiotamente, retruquei meio que murmurando: “Ah se liga...”

MEUDEUSDOCÉU: o indivíduo começou a urrar: “vagabunda, piranha... safada...” entre outros “elogios”. Eu, logicamente, sai correndo. Que medo desse povo!

Enfim, para terminar, relato a cantada mais “criativa” que levei:
Estava no metrô lotado. Neste dia, de saia, meia fina, blusa comportadíssima... estava chique, se é que podemos definir assim. A porta abriu em uma estação e um senhorzinho de bengala, sem dentes, corcundinha da silva, entrou e deu de cara comigo. Poderia ter ficado quieto, procurado um lugar pra sentar. Mas o “pobre” resolveu tirar as minhas medidas com os olhos e soltar um “gostosa, hein?”

Eu, peçonha educada que sou, respondi:

- O Senhor tem idade para ser meu avó!

E ele:

- É mesmo... mas já inventaram o Viagra.

Eu tive vontade de acompanhar as outras 20 pessoas próximas na risada. Mas me fiz de morta e, assim que a porta abriu na outra estação, fui rir no outro vagão hehehehe

Beijocas,

Bobie Salles.

SPFW - A frustração

Quem me conhece sabe do meu interesse pelo mundo da moda. Todo ano acompanho pela TV e pela internet os eventos de moda aqui no Brasil e, quando dá, vejo o que rola em outros países.

Acontece que hoje me bateu a maior frustração. Pelo quinto ano vou ao São Paulo Fashion Week trabalhar e não assitirei nenhum desfile!!! Nem unzinho sequer!

Isso não é justo! Eu adoro desfiles. Eu fico lá correndo de um lado para o outro - tá certo, nos dois últimos anos eu só fui em coletivas e aproveitei a valer - mas nunca entro na parte que interessa.

Gente, é horrível. Fora que ficar lá o dia todo vendo aquele monte de magricelas com barriga chapada me dá nos nervos! Toda vez eu passo fome e não porque eu quero. Ou não me dão comida, ou não tenho grana para comprar (um refrigerante custa 5 reais naquele lugar) ou tô tão atolada de trabalho que não posso parar para comer.

Por favor, torçam para que 2008 seja um ano diferente para mim! Mentalizem uma alma bondosa me dando um convitinho. Vamos lá pessoal, vamos colocar "O Segredo - Com Ana Maria Braga" em prática!

Falta de vontade a bordo

Gente, fui para Buenos Aires no reveillon e me acabei. Comi bife de chorizo até meu maxilar doer. Tomei Quilmes até minha barriga parecer de grávida. Andei até ficar com bolhas nos pés. Tomei um sol de 38 graus na cachola. Esperei por quase uma hora para ser atendida em um restaurante.

Até aí foi só diversão, sério. Parece catastrófico, mas foi legal. A cidade é linda, a comida é boa e tudo é mais barato.

Estava tudo ótimo até a volta. Voei de Varig. Não costumo dizer nomes de empresas aqui, mas essa vale a pena. Conto.

Entramos no avião, Luiz Felipe e eu, nos acomodamos e logo chegou a pessoa que se sentaria conosco. Ela pediu ajuda para colocar a malinha dela lá e quando vimos o local estava ocupado com cobertores. A garota perguntou para a comissária se poderia tirar os cobertores de lá, pois precisava guardar a bagagem.

- E o que eu faço com esses cobertores? Tem certeza que não cabe?

Desse jeito. Não estou inventando. Eu comecei a rir. A menina não sabia o que responder, tamanha falta de educação, mas deu um jeitinho e conseguiu acomodar a bagagem dela. A vontade era de responder: "Minha filha, não sei. Faça um vestido, costure uma colcha para a sua afilhada, faz de tapete, enfia no cu. Mas tire essa merda daqui". Obviamente, sou uma pessoa educada e fiquei quieta.

Logo, vem o jantar. A mesma comissária simpática nos pergunta da forma mais agressiva possível se preferíamos carne, frango ou massa. Engraçado que sempre ao respondermos ela fazia uma careta, como se reprovasse a nossa escolha.

Bandejinhas distribuídas, todos alimentados. Demoraram UMA HORA E MEIA para retirarem a comida ou que sobrou dela. Super agradável ficar com aquela mesinha no joelho, sem poder se mexer.

A garota da malinha reclama. Adivinhem.

- Se a senhora quiser, pode fazer a reclamação por escrito.

Assim. Sem pedido de desculpas, sem respostas, sem educação, sem nada. A moça trouxe o papel e quase jogou no colo da menina.

Gente, foi horrível.

Quase chegando ao Brasil, a chefe das comissárias veio conversar conosco. Mulher muito simpática, diferente da outra, parecia boa profissional. Tarde demais.