Jaca mole

Acho que eu tô com labirintite. Só pode. Em uma semana, levei três tombos feios. Óbvio que estou cheia de hematomas doloridos. Depois fico me perguntando "de onde vem meu roxo". Humpf! Explico.

Quarta-feira, caí da escada. Na editora, claro. Constrangimento sempre precisa de conhecidos por perto, já acostumei. Estava descendo a escada de fininho, para ninguém notar a minha presença quando.... um espírito me empurrou. Não escorreguei sozinha coisa nenhuma.

"É a primeira vez?", pergunta uma pessoa do departamento comercial. Como se isso importasse. "Não. É a terceira", respondo. Isso sim parece que fez diferença, pois ouvi umas risadinhas abafadas. Mesmo assim, meus amigos solidários vieram me socorrer. Agradecimento especial à Marcinha, que levantou correndo para me acudir falando "Gabiiiiii", com preocupação na voz.

Quinta-feira, escorreguei no metrô. Andava devagar quase parando, tava tão cansada que nem conseguia correr para casa. Poderia até dizer que dessa vez foi melhor, uma vez que não haviam conhecidos por perto. O problema maior foi o motivo de ter escorregado: pisei no vômito. De um estranho! AI QUE NOJO! Pior é que usava rasteirinhas e meu pé sujou todo. Credo. Me dá ânsia só de lembrar.

Sexta-feira, achei que não conseguiria levantar da cama de tão acabada. Antes tivesse ficado por lá. Vim me arrastando para o trabalho, mas vim. Logo cedo o Marco Aurelia me chama para ver sei lá o que no computador dele. Delicadamente empurrei minha cadeira e.... caí de costas! E sentada, bonitinha, segurando no braço a cadeira.

Senhor, dai-me equilíbrio. E coordenação. Por favor.

Visita caótica

O trânsito de São Paulo já é caótico, com visitas célebres então, o negócio piora. A situação da Rebouças ontem era de chorar. As pessoas já tinham desistido do transporte coletivo e saíam dos ônibus para seguirem caminho a pé mesmo. O calor não ajudava muito, todo mundo suando e andando.

O mais engraçado é que nessas ocasiões, a galera fica interativa e quer reclamar em grupo. Eu me divirto. Enquanto voltava para casa ontem, ouvia uma tia ranzinza. "É um absurdo. Colocam cinco mil pessoas para cuidar de um cara só! E o resto da sociedade? Fica esquecida!". Chata, chata, chata, chata, como diria meu avô.

O cobrador, muito esperto, descordou. "Pois eu acho que o Lula está mais do que certo. Se for para o Bush morrer, que vá morrer em outro lugar. Aqui não, imagina o trabalhão que vai dar!"

Gente, foi horrível! Mas divertidíssimo! Adorei esse cobrador, todos poderiam ser astutos como ele!