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Thursday, December 20, 2007

Mickey do mal

Vou aproveitar meus poucos minutos de ócio aqui no trabalho para contar uma história antiga, mas digna para Gente, foi horrível!

Quando eu tinha uns 14 anos, trabalhava em um buffet infantil perto de casa. Lembro que ganhava seis reais por festa, olha que miséria. Nem sei quanto os buffets pagam atualmente, para falar a veradde, prefiro não saber, capaz que paguem quase o que eu ganho por dia.

Eu sempre fui magrinha, aos 14 anos era esquelética. Por conta do meu biotipo, as pessoas daquele buffet se aproveitam de mim e me obrigavam a vestir uma fantasia fedorenta do Mickey Mouse. O problema é que eu era alta demais para aquela roupa e a gola me enforcava horrores. Mas por seis reais eu encarava o sacrifício, afinal de contas, precisava investir em calças jeans.

Certa vez, o salão lotado de crianças, daquelas que se penduram no lustre, fazem guerra na psicina de bolinhas, me mandam colocar a bendita fantasia. Obedeci.

Entro no salão, todo mundo queria ver o Mickey Mouse (que de tão deformado, parecia mais uma ratazana de esgoto). Eu passeava pelo salão, pulava, abraçava a garotada, e do nada, me sentio sufocada.

Uma gracinha de menino puxou o meu rabo (Deus, que frase mais linda!). Aquilo me enforcou de um jeito que requeria medidas drásticas para que eu continuasse lutando pela minha vida, eu poderia morrer de falta de ar.

Sem pensar, meti a mão no braço da criança. Dei um tapa, daquele de fazer barulho e....

- AAAAAAAAAAAA (cara de susto)! Mãããããe, o Mickey me bateu!

Gente, foi horrível! Saí correndo. De longe ouvia o moleque chorando, tive que me esconder. Tirei correndo a fantasia e voltei para o salão. Vejo o menino sentado, com os olhos cheio de lágrimas sentado num cantinho.

Judiação. Eu espero que ele não tenha ficado traumatizado. Acredito que ele tenha perdido o interesse por rabos desde então.

Wednesday, December 19, 2007

Apressadinha

Há alguns meses quero escrever esse post. Nem preciso dizer que é sobre namoradas de amigos do Luiz Felipe, né? Pelo amor de Deus, esses caras não sabem escolher mulher, não é possível. Mas enfim, agora que esse casal terminou estou livre para escrever o que quiser sobre a moça.

Antes de qualquer coisa, o nome da garota é daqueles composto, alguma coisa querendo imitar nome francês. Se não bastasse, ela se apresenta dizendo o nome completo. Quando fomos apresentada, tava um frio do cão e a menina de top e calça da Gang. Parecia que tava voltando do teste para participar do concurso “The Serch for the Next Doll”, aquele da Warner. Se bobear ela gosta das Pussycat Dolls, mas isso não vem ao caso.

Eu não costumo ser uma pessoa muito simpática, só que nessas horas eu tenho ataques de sociabilidade e tento ser legal com as meninas novas. Eu sei que é chato chegar numa turma que não se conhece e ainda ter que sentar com um grupo de meninas que se conhecem há anos. Lá fui eu – tonta – me interagir.

- Oi, senta aqui com a gente.

Estávamos conversando sobre a Casa Cor, falei que tinha recebido uns convites e, de repente, a funkeira se interessa:

- Nooossa, sério? Arruma uns para mim?

A minha cordialidade não tinha sido tanta para a doida sair me pedindo coisa. Nem as minhas amigas tinham tido tempo de pedir os convites e a menina toda periquitenta.

Passou. Continuamos a conversa e noto que a interativa tem uma mania insuportável de pegar nas pessoas enquanto fala. Claaaaro que eu estava sentada ao lado dela. Não demorou muito, ela começa a dar tapinhas na minha coxa. NA MINHA COXA! Totalmente desnecessário. Me afastei um pouco, quem sabe ela se tocava. Ahã...

Uma das minhas amigas resolve tomar vinho, decidi acompanhá-la. Enquanto enchia a minha taça escuto uma delas perguntando se a recém-chegada também queria. Adivinha o que ela respondeu?

- Eu tomo junto com a Gabi.

COM A GABI???? Eu não tava entendo o motivo daquela intimidade. Puta merda, uma coisa é ser educada a outra é dividir copo com uma desconhecida. Faça-me o favor. Minha paciência tem limite. Gente, foi horrível.

“Cada um tem o seu copo, você não precisa usar o meu”, respondi.

Ela ficou meio sem graça e desistiu do vinho. Eu não liguei.

Tapinhas na coxa.... vinho na mesma taça.... fui contar para o Luiz Felipe e descobri que a menina era mais moderna do que eu, digamos assim.

Tudo fez sentido. Ele riu da minha cara. Eu continuei não gostando da aproximação da aspirante a Pussycat Doll.

Friday, December 14, 2007

E o salário óóó

Gente! Primeiro está sendo horrível só eu escrever nesse blog. Cadê as outras autoras?? Bobie, Gabi, Paula?? Duvido que vocês não estão passando por momentos horríveis.
Esse relato é uma coisa meio “internal joke”, me desculpem os não-jornalistas que lêem esse blog. Eu odeio quando o povo fica fazendo piadinha interna, rindo pra caralho e vc fica lá boiando, querendo rir também.
Estava eu no buzão (é sério gente, coisas absurdas acontecem em ônibus. E se eu for contabilizar, devo passar cerca de duas a três horas dentro de um coletivo por dia, ou seja? Muita história para contar).
Enfim, tava eu lá, linda bela e loura (não sou nem linda, nem bela, muito menos loura hahaha). Um puta trânsito do cacete, chovendo, todos os vidros fechados, lotadaço, a própria visão do inferno. Ai entra uma moça bufando. Na hora reconheci: era uma pessoa interativa, daquelas que puxam papo até com papagaio.
Ela me olhou e eu peguei o celular, claro (sempre uso essa tática, é infalível). O cobrador estava próximo, sozinho, vulnerável. A preza perfeita. E ai ela começou: “a gente se fode, trabalha pra cacete, ganha mal pra caralho e ainda tem que entrar num buzão lotado, chuviscando e esse povo não abre o vidro. Vamos abrir o vidro ai pessoal”. E foi assim emendando um assunto no outro até que ela disse: “e olha que eu sou jornalista, deveria ter regalias, mas sabe quanto eu ganho, vc sabe? Vc sabe? (começou a apontar para as pessoas, ela falava alto, mobilizou o buzão, parecia uma pregadora). É gente é uma vergonha, tenho duas faculdades. Vocês sabem o que é duas faculdades? O investimento? E eu ganho 1.500 reais. É isso mesmo gente, 1.500 reais. E você cobrador quanto ganha? Aposto que ganha mais que eu, aposto”.´
Nessas eu tava rolando de rir, mas evitava ao máximo olhar para ela. Será que tenho cara de jornalista? Me deu um pânico repentino.
O coitado do cobrador já tava quase dando uma moeda para ela e disse: “é, realmente eu ganho mais se contar as horas extras”.
E ela feliz: eu não disse? Eu não disse? Esse país é uma vergonha e blá blá blá...
É colegas, pra gente ver a situação de um jornalista no Brasil. A pessoa desabafa em pleno Jardim Macedônia para um cobrador...

Friday, December 07, 2007

Gente! Ficou horrível!!!

Ai gente, esse post aqui é um desabafo de uma mãe completamente dominada pela filha. Já postei algumas coisas sobre minha pequenina tsunami (vejam o post Mãe galinha).
Minha filha é demais, cheia de personalidade e faz coisas totalmente não-convencionais. Um bom exemplo é seu gosto musical. Com apenas 4 anos a baixinha canta Twisted Sisters (Oh. We're Not Gonna Take It. No, We Ain't Gonna Take It. We're Not Gonna Take It Anymoooooooooore). No iPod dela, sim ela tem iPod, tem Cold Play, Smash Mouth, Rolling Stones...

Agora, moramos só eu e ela e eu não gosto de ser uma ditadora, deixo que ela opine, que ela escolha as coisas. Outro exemplo: me separei recentemente de um palmeirense fanático. A primeira coisa que fiz foi retirar todos os quadros, adesivos ou qualquer coisa que tenha o símbolo do palmeiras das paredes. Quem diz que ela deixou? Se vcs forem em casa, se depararão com um objeto roliço, gigante, verde e branco, bem na entrada.

E é exatamente sobre decoração que vim aqui desabafar com vcs. Eu não curto muito natal, nem árvore, acho cafonérrrrrimo. Mas a baixinha acha bacana, queria decoração de natal, luzes, árvore, essas coisas. Me cobrou, me cobrou, me cobrou, até que fui nas Lojas Americanas e gastei 40 pau de luzes, bolas, estrela para o topo da árvore, sininhos, aquelas coisas brilhantes que parecem um echarpe, coisa e tal.

Pois bem, cheguei em casa com os badulaques e disse: filha, amanhã a gente compra a árvore e faz a decoração. Mas ela retrucou, claro: não mãe, tive uma idéia, vamos colocar as decorações pela casa e fazer uma coisa bem bonita, nada de árvore. Até que à princípio pensei: pode ser uma boa idéia.

Gente, as luzes ficaram em torno do móvel da sala, ela tirou meus quadros e colocou os sininhos no lugar, aquelas coisas brilhantes que parecem um echarpe foram espalhadas pelas paredes, coladas com durex. Ela espalhou as bolas pela casa. Tem coisas na janela, em cima da TV, na mesinha de canto, até no centro da mesa de jantar....

Gente! Ficou horrível e eu não sei o que faço. Ela achou lindo, tenho que permitir que a veia artística dela se aflore. Não posso reprimir, aliás, poder eu posso, não acho legal reprimir. Mas meu, minha casa tá horrorosa e ela já falou: mamãe, nem pensa em tirar nada do lugar em, nossa casa é a mais linda do mundo! Ai gente, tem como resistir????