Neide – a carniceira
Gente, foi horrível! Horrível, doloroso e duradouro por algumas semanas. Eis que eu, inocente, entreguei meu pezinho saudável que nunca conheceu uma unha encravada na vida para uma pedicure desconhecida, até então em um salão de confiança. O Senhor já me enviava sinais de que deveria sair dali correndo quando Neide – a carniceira - me deu o primeiro golpe. Na cara dura, aquela mulher invejosa me solta a seguinte e constrangedora pergunta: Você está grávida?
Ora, isso é pergunta que se faça? Ainda mais vinda de um ser que coleciona gomos de banha na barriga, em antiestéticas e incontáveis camadas. Tudo bem que amargo uns quilos extras, estou ciente disso, mas ela tinha esse direito? Fiquei com muita raiva, muita raiva mesmo. Tanta que segui sem mais olhar para a cara dela, naquela posição de rã, incômoda, com os pés para um lado e esticando as mãos do outro, um horror!
Senti doer meu dedão esquerdo algumas vezes, mas achei que fosse uma sensibilidade normal, nada demais. Mas não. A infeliz ainda não tinha se dado por satisfeita e possuída de uma cólera sabe-se lá porquê conseguiu machucar o meu pé. Cutucou o cantinho da unha tanto e cortou o que não devia que me causou uma infecção.
Eu que nem sei lidar com essas coisas experimentei esperar para ver se passava e NADA. Tentei tratar com pomada e NADA. Mancava, vinha trabalhar com sapatos abertos em dias de frio de tanta dor e aquele martírio não acabava. Foram umas três semanas nessa situação e o pior é que além de sair ofendida e lesionada do salão ainda paguei pela bosta do serviço.
Resolvi boicotar a mulher. Fiz questão de ir com o dedo cheio de pus num dia de salão cheio para mostrar a merda que ela tinha feito. Puxei o assunto perguntando pela podóloga e justamente a manicure que me atendeu era a própria – Cida – que Deus abençoe, fez minha mão direitinho, tratou meu pé de graça e com outras colegas levou esse fato ao conhecimento da proprietária do salão. Se não fosse essa mulher jamais voltaria ao salão, mas a açogueira permanecia por lá. Dava um dó ver alguém sentar para fazer o pé com ela. Passava rindo, quase que debochando da minha impotência em não puder tirar ela dali.
Isso aconteceu há alguns meses. Nessa semana, numa emergência, voltei ao salão. Mãos com a Cida, claro! Não vi a Neide, mas uma senhora fazendo teste para entrar no salão.
"Precisa-se de manicure". Sim! Neide foi embora!
1 Comments:
Deus seja lovado Paula!! O que essa mulher fez com o seu pé é um absurdo. Sábado fui na manicure do meu bairro, dar um trato nos meus pezinhos. Ela também me arrancou um bife grande e espero que não fique tão infalamdo como o seu. Foi horrível, Paula!!!
9:58 AM
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