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Tuesday, August 15, 2006

Manhã caótica

Faço hoje minha primeira contribuição para esse blog tão essencial para vida de nós mortais, sobreviventes do caos instalado nesse mundo.
Calma, eu explico melhor.
Essencial é, pois, Gente, Foi Horrível! não é apenas uma expressão, não é uma exclamação e nem meramente uma frase de efeito. Gente, Foi Horrível! é uma libertação, um grito aliviado, é a fronteira entre o problema e a solução, é a barreira ultrapassada, é o desprendimento.
A solução que precisávamos para continuar seguindo nosso caminho. Muitos meditam, fazem cursos, tomam Prozac, outros tomam florais, ouvem música clássica, mas nós gritamos Gente, Foi Horrível! e despejamos nesse blog, todos os absurdos que vemos, todas as situações bizarras que passamos, e de alguma maneira nos aliviamos. Nos aliviamos por gritar, nos aliviamos por contar e, principalmente, sentimos o alívio de ver que tem gente que passa por situações piores que as que passamos.
Pensei nisso hoje, pois Gente, tive uma manhã horrível!
6:30 da manhã (vale lembrar que acordo diariamente as 7:30), me sinto molhada. No meu sonho, me imagino num biquíni minúsculo, com um corpinho lindo, molhada depois de um mergulho no mar, me secando no sol. Mas a sensação de estar molhada se intensifica e aí acordo gorda, em um pijama horrível e vejo que a aguaceira era minha filha que resolveu aliviar sua bexiga em cima de mim. Acordamos as duas encharcadas e vamos para o banho, até pensei no lado bom – pelo menos chego mais cedo no trabalho (sempre quero acordar mais cedo e chegar mais cedo, mas nunca consigo). Saio de casa e me dirijo ao ponto de ônibus. Gente, ponto de ônibus em dia de greve de metrô é horrível, lotado. Os ônibus passam muito cheios e acabo entrando em um que nunca pego, que para um pouco longe.
Um tiozinho com cara de tarado começa a apreciar minhas enormes curvas de uma maneira agressiva. Não gostei e perguntei - Tá olhando o que mané? E ele responde: você. Passo para o fundo do ônibus para fugir do olhar malévolo do tiozinho. Sento na escada da porta, saco meu livro do Nick Hornby e me afundo nele, fugindo do tiozinho e das outras pessoas bizarras que freqüentam os ônibus de São Paulo (uma delas sou eu hahahaha). Páginas e mais páginas são viradas, quando tenho a brilhante idéia de olhar para fora do ônibus. Gente, o ônibus tinha saído do percurso que eu achei que ele tomaria, virou numa rua e andou uns cinco pontos até que eu olhasse para fora. Bom, desci xingando, óbvio. Andei umas 5 quadras, parei em um ponto e dei o sinal para pegar outro ônibus (detalhe: onde eu estava não tinha nenhum ônibus que vinha para o meu destino, teria que pegar mais 2). Dei o sinal e o filho da p.... não parou. Pode uma coisa dessas! Enfim, no final consegui pegar o buzão, desci, peguei o outro e cheguei na editora. Resultado – cheguei atrasada, puta da vida e vocês não sabem do pior, ao entrar na cozinha da editora, senti falta de uma sacola que estava na minha mão, uma sacola que abrigava minha alimentação, o meu almoço ficou para trás e eu não tenho um real para comer.
Gente, foi e está sendo horrível!

3 Comments:

Blogger Paula Pereira said...

Jé, foi horrível meeeesmo! Só não te dou metade do meu bife porque já comi heheh De gostosa molhada na praia à mijada na cama é foda! Ninguém merece! Meus pêsames, amiga!

8:42 AM

 
Blogger Gabi said...

Horrível, Jessica!
Para completar o seu dia de glória, estamos fechadas numa sala fesquinha, o termômetro bate os 38 graus, no coffee e o telefone da frutaria tá quebrado!
Gente, q dia!

10:12 AM

 
Blogger Jessica said...

O telefone da frutaria estar quebrado é a confirmação do caos!!

10:18 AM

 

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