na cozinha

sou do tipo prática. Gosto de cozinhar, mas tem que me tomar, no máximo, 30 minutos - da entrada à sobremesa. Se, no livro de receitas, eu bato o olho em uma descrição muito longa, já viro a página. Se tiver a palavra "Reserve" então, saio fugida.

Confesso que para cumprir esse meu prazo de 30 minutos eu faço umas cinco coisas ao mesmo tempo o que aumenta muito a probabilidade de algum desastre estilo "gente foi horrível" acontecer. E acontece direto. Faço o arroz enquanto corto a fruta, tempero a carne, limpo a folha e quando vejo o pano de prato tá pegando fogo. É um risco que eu corro - risco de vida, praticamente. Mas só para constar, o resultado final fica bom - tirando o cheiro de pano queimado, tá tudo certo.

Outro dia no meio de toda essa "hell kitchen", lógico, o telefone toca - que clichê. Eu me distraio, o que é óbvio - é tipo aqueles sustos de cinema que você prevê que a M vai acontecer mas se assusta mesmo assim. Quando voltei, o fogão estava exorcizando. Tudo respingava como um vulcão enlouquecido, soltava pedaços de alimento para todos os lados. Chego a dizer que o fogão, do alto de sua ira, me agrediu - eu tomei um perdigoto de molho bem abaixo do olho.

Talvez por isso tudo eu tenha me assustado tanto ontem quando deitadona na minha caminha, vendo seinfeld toda pimposa, sinto um cheiro de queimado. Imediatamente dei um salto de van dame - sério, com apenas um salto da minha cama eu já tava no meio do corredor (não conseguiria repetir). Corri desesperada até a cozinha e o fogão estava lá, impávido me encarando totalmente inocente. Chequei direitinho se nenhuma boca foi esquecida aberta. "Caramba", pensei, "de onde bem esse cheiro horrível de queimado?" Bastou uma olhadinha para a sala para ver, saindo do abajur, uma fumacinha, estilo cachimbo. Cheguei perto para ver e não acreditei. Meu filho de um ano jogou seu tênis mais bacaninha dentro do abajur ligado. O tênis deve ter ficado ali tanto tempo do lado da lâmpada quente que queimou, derreteu e grudou na lâmpada. Depois que ela esfriou, consegui recuperar parte do tênis. Não sei porque, mas tentando desgrudar o tênis, me lembrei das tantas vezes que deixei a comida grudar na panela. Desde pequenininho ele já está indo pelo meu caminho... o que é a genética.

Café com ácido

Aqui do lado da empresa que eu trabalho tem um café muito batuta, talvez o melhor da Chácara Sto Antônio (Dani, quero desconto rs...). As comidas são uma delícia, o atendimento é perfeito e a dona amiga pra caramba. Só que, alguns freqüentadores são um tanto estranhos. Sem citar nomes, mesmo porque na maioria das vezes eu nem os sei, vejam os casos:

• tem uma criatura que come pão-de-queijo com adoçante;
• uma outra que, se não receber o troco com as notas ordenadas de uma forma “X”, ou se alguém estiver sentado no lugar “dela”, dá piti;
• temos a Lacraia (sim, a do funk) só que em versão japonesa;
• eu que como gelo... ops, mas isso nem é tão grave :P

Voltando às qualidades do estabelecimento, a Dani serve umas massas muito gostosas. Assim, um lindo dia eu chamei a Gabi e a Ericã para almoçar comigo. Elas chegaram um pouco mais tarde do que o horário normal de almoço e estávamos na mais absoluta tranqüilidade. Tudo uma delícia, quando de repente chega uma criatura falando sozinha (e não era nenhuma das citadas acima...). Após esse surto, ela olhou bem brava pra todo mundo e disse:

- Moça, posso usar o banheiro?

A Dani, a fim de se livrar logo da criatura responde:

- Sabe, não posso deixar a senhora usar o banheiro, porque não temos banheiro para clientes aqui.

Ta... é mentira. Tem banheiro sim. Mas ela tava como medo, como todas nós.

Sei que a criatura virou o demo. Começou a gritar, falou pra sairmos daquele lugar, porque nem banheiro tinha e cada vez mais olhava feio pra todo mundo. Fez que ia sair do café e CHUTOU a lata gigante de lixo que fica perto da porta. Foi lixo pra todo lado, quase em cima da nossa mesa. MEDA!
Gente, foi horrível. De verdade. As meninas e eu estávamos amarelas de medo.

Mas ela não voltou mais. Graças!!! E o café, apesar de “maluco” continua o melhor.

Beijocas,

Bobbie Salles.

Diga-me com quem andas....

Minha amiga Vivian é uma das pessoas mais ocupadas que eu conheço. Mesmo com o trabalho, pós e namorado, ela arruma tempo para fazer faxina, assistir seriados e ainda faz trabalhos voluntários.

Bom, sem muitos elogios porque senão ela começa a se achar, hoje ela me chama para contar uma historinha bem da interessante.

Aos sábados ela vai a hospitais alegrar o povo, se veste de galinha (vejam só, isso é que é ter coração bom) e diverte a garotada. Nesse final de semana ela entra em um quarto e vê um rosto familiar.

- Ah, eu te conheço, né?

A moça responde:

- É? Não sabia que você também já tinha sido presa.

É Vivs.... fica tranquila, não sou preconceituosa. tá?