É birrento? Se irrita por pouco? Reclama por qualquer coisa? Junte-se a nós!

Tuesday, February 19, 2008

"Essa noite, não..."

Eu morava em apartamento. Me incomodava quando os vizinhos que chegavam bêbados e gritavam no hall, quando as fifis de plantão comentavam sobre a minha vida, que cuspiam no elevador, essas coisas.
Mudei para uma casa. Contra a minha vontade porque, apesar de tudo, eu gostava da interação com a galera do prédio, da piscina e, principalmente do chuveiro. Mesmo assim, acabei adorando morar em casa. Mais espaço, menos encheção.

Até ontem. Segunda-feira. Eu trabalhei a valer. Fui para Suzano de manhã e quem já foi lá sabe que não existe atrativo algum. Comi uma comida meia boca. A gravação que deveria ter acontecido às 11:30, saiu às 14:30. Quase nada atrasado. Dois executivos com agendas lotadas só esperando a entrevista e nada do repórter aparecer.

Voltei para São Paulo direto para o escritório. Corri mais um pouco. Peguei um puta trânsito para ir para a minha casinha, tranquila e aconchegante. Mal jantei e fui dormir.

Já estava babando quando escuto o barulho do fim do mundo. Pulei da cama achando que tinha caído um avião na minha rua. Sabe quando você acorda tremendo, com o coração na boca? Então, foi assim.

A 1:26 da manhã resolver começar o trabalho de recapeamento da minha rua. A rua mais sossegada da Vila Olímpia precisa ser recapeada numa segunda-feira de madrugada! Quando vi pela janela, vi um caminhão que mais parecia aqueles bonecos dos Transformers. Enormes, cheios de correntes, pareciam ter vida própria.

Puta merda!!!!! Mas será possível? Eu ensaiei uns "SHHHHH" da minha janela, claro que em vão. Que ódio!

O pior é que o pesadelo ainda não acabou. Hoje vi METADE da rua destruída.

SOCORRO!

(escrevi esse post no começo da semana, só agora consegui postar...)

Monday, February 11, 2008

Querida, esqueci a cabeça

De vez em quando, a minha vida de assessora me permite dar risadas de repórteres. É verdade que eu já fiz muita cagada, paguei micos inesquecíveis, mas nada comparado a ligação que acabei de receber.

- Gabi, eu já fiz a entrevista? Não tô lembrada.

Minha vonatde era olhar na minha bola de cristal, só que a esqueci em casa. Eu acompanho trocentas entrevistas por dia, não lembro de todas obviamente. O que mais me espanta é que a mulher tem a cara de pau de me ligar para perguntar se EU - que não tenho que escrever matéria alguma - sabia.

Além de educada, fui prestativa. Tenho uma tabela com todas as entrevistas solicitadas a cada semana ao lado marco se rolou ou não. Vi na minha tabelinha - entrevista "OK".

Respondi para a doida que sim, a entrevista tinha sido feita.

- Não acho nos meus documentos. Você que acompanhou?
- Sim, fui eu. Estou lembrada agora.
- Ah...

Se eu esqueço de passar solicitação vão dizer que assessor de imprensa é tudo imbecil, imprestável, aposto! Mas quando uma forte candidata a Alzheimer me pergunta uma coisa dessa, preciso ser paciente.

Gente, foi horrível!