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Friday, August 31, 2007

Café?

Eu sei, demoro uma eternidade... mas ando brincando de escrava Isaura, sem vida social. Enfim... aqui estou com mais uma historinha horrível.

Há semanas eu tentava entrevistar o presidente de companhia e o cara nunca que respondia. Pedi para Santo Expedito, rezei o Salmo 91, fiz simpatia, enfim... depois de uma bela canseira, o nêgo marca para uma sexta-feira, 9 de manhã em um conhecido hotel aqui de São Paulo.

"Café da manhã, pode ser?", me disseram.
"Claro!", respondi felizona. Não só porque eu tinha conseguido marcar a entrevista, mas porque adoro café da manhã de hotéis.

Nove da manhã, tô eu lá. Puta sono, mas fingindo estar super disposta. Espero o cara na frente do restaurante que serve o café. Eu não o conhecia pessoalmente, tinha visto fotos e procurava um rosto parecido entre os transeuntes.

De repente, vejo o tampinha. Ele pára bem antes do restaurante e senta no bar do hotel. Fui lá, me apresentei e já ia virando as costas, me direcionando ao restaurante, óbvio.

O tio não se move e solta um "quer sentar?". Devo ter feito uma cara de "HEIN?" e sentei no sofazinho. Aí, super educado, ele me pergunta: "quer uma água? Ou quer café?"

"COMOASSIM?", penso. Ele repete. Eu escolho água.

Pão duro! Ainda me dá opção de tomar água ou café! E se eu quisesse um suco de melancia, um chá verde, um conhaque, uísque?

A minha vontade era convidá-lo para tomar um café da manhã de verdade e me oferecer para pagar. "Vamos lá, não se preocupe que eu pago, Sr. Miséria".

O maior problema não era a decepção. Eu sofro por causa do meu estômago. Quem em conhece sabe que eu morri de fome na outra vida e preciso recompensar nesta. Meu estômago faz muito barulho quando sinto fome, parece o rugido de um leão. NÃO É BRINCADEIRA! A minha sorte é que eu tinha comido um pouco antes de sair de casa, melhor prevenir, né...

15 minutos de entrevista. 30 minutos. 45 minutos e eu já estava satisfeita com as declarações do executivo. Até que sai a maldita frase da minha boca: "tem alguma outra coisa que queira acrescentar?" TINHA. Mais meia hora de papo e eu quase desmaiando de fome.

Finalmente ele cala a boca. Eu desligo o gravador e já levanto para não ter perigo.

Gente, foi horrível! Saí correndo para a casa do pão de queijo e, graças a Deus, paguei pelo meu tão esperado café da manhã.

Thursday, August 30, 2007

Gente abusada


Pior que as pessoas interativas, já descritas de forma brilhante neste blog pelo ilustre Marcolino, são as pessoas interativas bêbadas e os mais abusadinhos. Eu costumo dizer que sou um imã para os bêbados em ruas. Certa vez, estavam umas cinqüenta pessoas (sem exagero) no ponto de ônibus, perto da Rua Funchal. Eis que surge do além um cara caindo. Se alguém acendesse um cigarro num raio de 100 km o coitado pegaria fogo de tanto álcool que evaporava do ser. Devo adiantar que não tenho nada contra bêbados. Inclusive, já fiquei nessa vil situação algumas vezes de minha vida. Mas enfim, já os bêbados interativos... Continuando, o ponto lotado e a criatura se aproxima de mim. Fiz que não vi, que nem estava olhando de canto de olho, mas não deu jeito. Ele falou:

- Ô moça, quando passar o Pinheiros você me avisa?
Não respondi... a criatura ainda iria pegar o mesmo ônibus que eu ÓDIO... Não contente, ele pegou na minha blusa, sacudiu e proferiu num tom ensurdecedor:
- Ei, quando passar o Pinheiros você me avisa?
Não tinha jeito, respondi:
- Sim, aviso. (Já pensando em mandá-lo logo no coletivo e esperar o próximo HUMPT...)
Só que a partir da minha resposta, cada ônibus que chegava perto do ponto, ele gritava:
- Moça, esse é o Pinheiros?
E eu, com a paciência que me é peculiar, respondia:
- Não... eu te aviso quando for o Pinheiros.
Bem, ficamos nesse esquema de gritaria e reposta por uns 20 minutos. O Pinheiros apareceu, mandei o cara no ônibus e esperei o próximo por 45 minutos. Ai que benção!!!

E gente abusada então? Estava eu tomando um chá-verde gelado num café perto do escritório. Na mesa ao lado, dois pseudo-futuros-executivos-do-mundo-da-tecnologia-já-com-o-rei-na-barriga (ARGH...) conversavam sobre qualquer assunto xis, que eu nem prestei atenção. Só que quando dei por mim, eles me olhavam e faziam comentários. Eu, que estava com o fone de ouvido, mas ouvia tudo ao meu redor, comecei a escutar... E enquanto isso, comia alguns gelinhos que restavam no copo.

- Meu, olha o tamanho da boca daquela mina...
- E o que ela faz com o gelo, então?
- Deve fazer um boquete...
- Ô cara, e se ela ouviu?
- Ouviu nada, deve já estar surda com esse fone de ouvido.

Fiquei olhando para a cara dos dois como quem diz: “sim, eu ouvi, seus idiotas...”

Mas apenas levantei e fui embora. Não queria perder mais nenhum tempo com aqueles seres.

Beijocas,
Bobie Salles.


Tuesday, August 14, 2007

Ai, essa vida de mulher…

Todo mês é aquela tragédia. Pelo menos no meu caso, o período menstrual é assim: não tem trégua; faça chuva ou sol eu sinto cólica, enjôos, dores de cabeça... E ainda tem o que toda mulher sofre: comprar absorventes higiênicos. Não que eu quisesse usar aquelas toalhinhas da época de vovó. DEUSMELIVRE! Mas é um saco toda hora ter que trocar essa bagaça.

Eu já tive situações “memoráveis” nesses períodos, que eu nem vou relatar aqui. E hoje, simplesmente porque estava com preguiça de ir até a farmácia, liguei num disque qualquer e:

- Alô?
- Farmácia XY boa tarde...
- Vocês fazem entregas aqui na região da Chácara Santo Antônio?
- Sim, pois não
- Eu gostaria de fazer um pedido. Preciso de um envelope de Lisador e também... (daí falei mais baixo) de um pacote de absorvente Sempre Livre (que tem o nome que menos combina com o produto... como alguém pode ficar livre com aquilo?)
- Com abas e agentes naturais?
- Isso... também preciso de uma caixa de O.B. (que segundo um amigo significa obstruidor de b**eta)

Enquanto isso, as meninas que trabalham comigo, ficaram rindo da minha cara. Gente, o que é mais horrível? Ser zuada POR MULHERES só porque pedi ao balconista da farmácia os produtos com um tom de voz menor do que eu costumo? Ou ter vergonha de falar dessas coisas normais no ambiente de trabalho, aos 31 anos de idade?

Ah, vou deixar o quesito de pior para a cólica mesmo...

Beijocas,
Bobie Salles.