É birrento? Se irrita por pouco? Reclama por qualquer coisa? Junte-se a nós!

Tuesday, August 29, 2006

Ô mulher chata

Eu sabia que tava esquecendo de alguma história. A ligação de uma assessora simpaticíssima acaba de me lembrar o assunto. Eu detesto quando estranhos e desconhecidos sentem-se íntimos da minha pessoa. Além de falso, é irritante.

“Oi, Gá! Tudo bem? É a Rosicleide Judite da Retarded Co.*, que saudades!”

“Oi, tudo bem?” é simples demais para ela. Se ainda fosse uma amiga minha, se conversássemos sempre, ainda vai. Mas duas ou três vezes que falei, por telefone, com essa mulher dá esse tanto de intimidade? Puta merda!

Fora que as poucas vezes que a louca me ligou, me chamou de “gata”, “gabi” (com ênfase no “a”), “linda”, e por aí vai. Gente, foi horrível! Simpatia demais irrita, sabia?

Mas tudo bem... já sei como me vingar. Minhas amigas focas me deram muitas idéias, e de agora em diante só a chamarei de “tesouro” e “flor de laranjeira”. Me aguardem, QUERIDOS!

"éh" mais ou menos


- Você usa xampu de laranja? Porque seu cabelo está um bagaço.

Essa piadinha chucra e sem graça serve muito bem para descrever a situação atual do meu cabelo. Imaginem que minhas madeixas além longas estão pra lá de rebeldes. Tive a maravilhosa idéia de cortar a franja bem curta (tipo Mara Maravilha – olha que lindinha) e agora que essa porcaria está crescendo, tenho que prender com tic tac e pareço uma criança de oito anos.

Já deu para ter uma noção do quão bonita está minha cabeleira, não? Se já não bastasse o corte nada prático, esse pesadelo ficou um pouco pior por causa de uma linha de produtos maledetos que leva o nome de uma famosa empresária. “éh” isso que dá acreditar em celebridades e assessores de imprensa.

Bem feito para mim. A pão durice e a preguiça me impediram de comprar um xampu novo e usei o “éh básico” – no rótulo diz: “shampoo equilibrante – lima e camu – cabelos mistos”. Aaaaaah, eu deveria ter imaginado! Em primeiro lugar, o que é CAMU? E graças à LIMA meu cabelo não só está um bagaço, mas cheira salada de frutas.

Bom, se alguém usou algum outro produto da linha, me avise. Quem sabe eu dei azar com o "básico".

Hoje mesmo compro Dove ou Seda. Tá decidido.

Monday, August 28, 2006

Gente, como telemarketing é horrível

Esta idéia é mais que genial. Certeza que vou colocar em prática!

Toca o telefone.

- Alô.

- Alô, poderia falar com o responsável pela linha?

- Pois não, pode ser comigo mesmo.

- Quem fala, por favor?

- Edson.

- Sr. Edson, aqui é da Telefônica, estamos ligando para oferecer a promoção Telefônica linha adicional, onde o Sr. tem direito...

- Desculpe interromper, mas quem está falando?

- Aqui é Rosicleide Judite, da Telefônica, e estamos ligando...

- Rosicleide, me desculpe, mas para nossa segurança, gostaria de conferir alguns dados antes de continuar a conversa, pode ser?

- ... bem, pode.

- De que telefone você fala? Minha bina não identificou.

- 103

- Você trabalha em que área, na Telefônica?

- Telemarketing Ativo.

- Você tem número de matrícula na Telefônica?

- Senhor, desculpe, mas não creio que essa informação seja necessária.

- Então estarei desligando, pois não posso ter segurança que falo com uma funcionária da Telefônica.

- Mas posso garantir...

- Além do mais, sempre sou obrigado a fornecer meus dados a uma legião de atendentes sempre que tento falar com a Telefônica.

- Ok . Minha matrícula é 34591212.

- Só um momento enquanto verifico. (Dois minutos)

- Só mais um momento. (Cinco minutos)

- Senhor?

- Só mais um momento, por favor, nossos sistemas estão lentos hoje.

- Mas... senhor...

- Pronto, Rosicleide, obrigado por haver aguardado. Qual o assunto?

- Aqui é da Telefônica, estamos ligando para oferecer a promoção linha adicional, onde o Sr. tem direito a uma linha adicional. O senhor está interessado, Sr. Edson?

- Rosicleide, vou ter que transferir você para a minha esposa, por que é ela quem decide sobre alteração e aquisição de planos de telefones. Por favor, não desligue, pois essa ligação é muito importante para mim. (coloco o telefone em frente ao aparelho de som, deixo a música Festa no Apê do Latino tocando no Repeat (eu sabia que um dia essa droga iria servir para alguma coisa!). Depois de tocar a porcaria toda da música, minha mulher atende:

- Obrigado por ter aguardado .... pode me dizer seu telefone pois meu bina não identificou...

- 103

- Com quem estou falando, por favor.

- Rosicleide.

- Rosicleide de que?

- Rosicleide Judite (já demonstrando certa irritação na voz)

- Qual sua identificação na empresa

- 34591212 (mais irritada ainda! )

- Obrigada pelas suas informações, em que posso ajudá-la?

- Aqui é da Telefônica, estamos ligando para oferecer a promoção linha adicional, onde a Sra. tem direito a uma linha adicional. A senhora está interessada?

- Vou abrir um chamado e em alguns dias entraremos em contato para darum parecer, pode anotar o protocolo por favor .....alô, alô!

- TU-TU-TU-TU-TU...

- Desligou .... nossa que moça impaciente.

Colaboração do meu amigo e fotógrafo da Padrão, Eduardo Sousa.


Friday, August 25, 2006

A história da Kelly Jane

Eu pensei e repensei antes de escrever esse post. Mas meu lado insensível falou mais alto e resolvi contar para vocês.

Estou procurando uma diarista. Tô cansada de ver minha mãe limpando aquela casa em vez de passear. Fora que quando eu não a ajudo, ela enche meu saco. Fala até cansar. Enfim, preciso de alguém para fazer a faxina e meu namorado Luiz Felipe me indicou a Kelly Jane, diarista do escritório que ele trabalha. Ah, antes de qualquer coisa, quero deixar claro que o segundo nome da moça se pronuncia igual ao nome da mulher do Tarzan. Digo isso porque ele me contou que a chamou de Jane usando um sotaque americano – tipo, “Jane Eyre” ou “Jane Fonda” – ela ficou puta e o corrigiu na hora.

Enfim, ele passou o meu telefone para a Kelly Jane. Ontem, no meio da tarde, recebo uma ligação da uma pessoa chamada Eulene. “Oi dona Gabrielle aqui é a Eulene amiga da Kelly Jane que trabalha no escritório do seu Ricardo e seu namorado disse para ela que você tava procurando alguém para limpar a sua casa ela só pode de terça e quinta”. A mulher desembestou a falar assim mesmo, sem pausas para respirar. Depois de perguntar “o quê?” umas três vezes, entendi sobre o que se tratava.

Enquanto eu perguntava valores, horários e tal, ouvia a Kelly respondendo tudo atrás. Achei esquisito e pensei “é tão mais fácil ela falar direto comigo”. Tudo bem, vai ver a mulher é envergonhada, pensei. Deixa para lá.

Beleza, conversei com a “secretária” da KJ e fiquei de confirmar na semana que vem. Terminado o papo, liguei para o Luiz Felipe e contei a história. “Essa mulher é esquisita, por que ela não quis falar comigo?”, perguntei para ele. Aí que vem a melhor parte da história. “Ela é bem humilde, Gabi. Não sabe falar direito. Imagine só que quando eu falei para ela ir na sua casa, ela quis passar o trabalho para outra pessoa só porque não sabe chegar lá. Eu falei para ela ir, assim pode ganhar mais dinheiro. Sabe o que ela falou? ‘Mas é longe, será que ela não pode vir até aqui?’ Coitada...”.

Deus do céu! Será que eu a contrato?

Quem é quem?



Focas da Padrão na visita ao Cazaquistão.
Da direita para esquerda: PJ, Gabi, Paula, Jessica e uma instrusa.

Thursday, August 24, 2006

O pesadelo do gravador

Gente, foi horrível! Um verdadeiro pesadelo corporativo em real time. Não me surpreenderia se de repente Freddy Kruger surgisse debaixo da mesa AHHHHH que horror!

Estava eu, fazendo a cobertura do fórum da editora que acontece todo mês, na companhia do poderoso chefão e de uns 20 negos só de empresa fodona, quando percebo que a maldita luzinha vermelha do meu gravador não tava acendendo. "Tudo bem, a fita tá rodando", pensei.

Ok, chega o coffee-break, um intervalinho para o povo conversar, mijar, comer e fazer aquela média. Eu que tinha almoçado pastel para dar conta da demanda do dia e recém contraído um resfriado do inferno que, apesar de estar ala Barbie Executiva, linda, loira e peituda, infelizmente também estava ranhenta e fungando, enfim, obviamente eu estava louca por aquela pausa. Por mero tira-teima resolvo voltar a fita para checar se está tudo ok.

Bem, não estava tudo ok. Volto um pouco mais a fita e nada. Confiro o outro lado... e nada. Essa era a segunda fita. Quem sabe a primeira. Escuto uma parte... e nada, só chiados. Do outro lado, também nada. Enquanto isso os participantes que falaram tudo que interessava nessa primeira parte do encontro evacuavam a sala felizes e faceiros, incluindo o boss, que segundos antes de eu me dar conta do problema apontava para mim, sorridente, avisando - "Muito bom! Isso tem que entrar, não pode ficar de fora!" "Isso" era o comentário ausente na segunda fita.

Minha carreira, meu estômago e meu nariz estavam à beira de um colapso, mas firme e forte eu tentava insistentemente resolver a situação. Era inacreditável. Aquilo era importante e não poderia estar acontecendo. Me condenei diversas vezes por não levar outro gravador, por não ter visto antes. Antecipava meu trágico destino, imaginava o que eu não teria que ouvir por conta daquela falha tecnológica.

Com a ajuda de alguns "cúmplices" de confiança que testemunhavam meu desespero, consegui resolver um dos problemas. A pilha do gravador. As duas, aliás. Era esse o motivo. Um técnico lá do hotel conseguiu um par de pilhas e ressussitou a luzinha vermelha. "Alô, alô, teste." Sim estava gravando perfeitamente, mas como diria que a primeira parte tinha se perdido?

O intervalo acabou e tudo que consegui foi passar a mão numa coxinha coquetel e num suco de laranja.Me dividi o resto do fórum prestando a atenção na discussão e pensando em como dar um jeito naquilo, afinal tinha que sair na revista e eu estava sem material.

Pouco mais de 18h termina. Pego minhas coisas, chamo um táxi e saio dali o mais rápido possível. Não tinha condições de contar a verdade para meu chefe naquele momento em que ainda havia convidados em volta e ele mantinha certa alegria conversando com aquela gente. Talvez corresse o risco de uma humilhação pública. Talvez. Não pagaria pra ver. Acenei. Ele sorriu com simpatia e fui embora.

No táxi meu telefone toca. Era minha mãe. Avisava que justo no dia em que eu saí de casa sem carro e sem chave ela e todo o resto da família não estariam em casa. "Espera lá no supermercado", me disse.

Que jeito! Fui. Estava lá sem teto, sem comida e com receio de estar brevemente sem emprego. Pego novamente as fitas problemáticas e tento com calma rebubinar e ouvi-las desde o começo. Um chiadinho e de repente... ufa! Funcionaram!

Mais que horrível

Galera,

quando tiverem um tempinho, dêem uma olhada neste site que o Edu me passou:

http://perfil.transparencia.org.br

Beijo, tchau!

Lesada? Quase nada....

Eu faço a coluna de compras da revista, é bem bonitinha. Tem descrição dos produtos, preço, telefone do SAC, e claro, fotos. Com a minha lista de produtos pronta, passei o material para a diagramação. Faltava uma imagem para começarem, pois a foto que a assessoria me enviou era pequena – ficaria 1x1. Liguei para a dita cuja e ela disse “me passa um e-mail?” Legal, enviei o e-mail. Cinco minutos depois a mulher me liga e pergunta: “posso mandar uma imagem maior do que a anterior?” Nãããão.

Zoeira, né? Só pode ser. Minha vontade era responder “não, querida. De jeito nenhum. Eu quero a menor imagem que você tiver. Se puder me enviar 0,5 x 0,5, melhor”.

Sim... foi horrível. Deus abençoe aquela alma.

Wednesday, August 23, 2006

Te conheço??? Maluco!!!

Na boa, não entendo porque as pessoas são tão stressadas no trânsito.

Hoje estava um dia lindo, finalmente o clima começou esquentar um pouco e aquele frio de bater os dentes deu um tempo. Peguei o “batmovel” da minha mãe para ir ao trabalho - antes deixa eu explicar, é assim que o carro foi apelidado carinhosamente pela minha amiga Carol, ela disse que não enxerga nada dentro dele, pois é muito escuro. - Mas continuando, estava dirigindo cantando, sim, adoro cantar quando dirijo, ainda mais quando coloco na Nova Brasil FM (não estou fazendo propaganda da emissora).

Quando me dei conta, o motoqueiro da frente começou a me xingar e, seu colega que estava na garupa, fazia sinais bem feios. Realmente não sei o que aconteceu, será que sem querer, acabei fechando ele? Mas eu não fiz isso, tenho certeza. Sei lá, só sei que ele começou a andar mais devagar e eu também fui diminuindo a velocidade, foi quando consegui parar no sinal e ele continuou.

Nesse momento fiquei imaginando que ele poderia ter uma arma e já pensei em um final trágico pra mim. Acho que devo ter me baseado muito no “Notícias Populares”, se esse jornal ainda existisse, certamente seria uma leitora assídua. Mas continuando no caso do motoqueiro, foi horrível !!!!

Tuesday, August 22, 2006

Manhã caótica 2, o retorno!

Gente! Será que sou só eu que tem essas manhãs caóticas? Será que Murphy me persegue? Sabem quem o Murphy né, aquele filho da p. que disse coisas perfeitamente possíveis e que parecem acontecer sempre comigo. Mas quem pensa que ele é um maluco, está errado. Suas teorias têm fundamento. O Major Edward A. Murphy Jr (1918 - 1990) foi um engenheiro aeroespacial estadunidense que trabalhou em sistemas de segurança-críticas, mas sua fama se deu pelas teorias: se alguma coisa pode dar errado, ela vai dar errado, ou o pão sempre cai com a manteiga para baixo, essas coisas. Na verdade muitas das leis são provenientes da imaginação popular, inspiradas em algumas que ele falou relacionadas ao seu trabalho. Eu sou a prova viva de que essas teorias são a pura verdade, sejam ditas por ele ou não.
Por que gente, eu tive uma manhã horrível.
7:30 da manhã. O alarme toca, o frio é intenso e a necessidade de ir para o banho me assusta. Demoro uns 15 minutos, mas me encho de coragem para me despir e adentrar naquele banheiro gélido. Consigo me despir, viro bem devagar a torneira do chuveiro para ficar bem quentinho e na hora que eu coloco meu pezinho no box o Filho da p. desliga, pifa, queima, vai para o saco.
Não desisto.
Beleza Jessica, você é guerreira, não desanime.
Coloco a roupa, acordo a Isabella, coloco uniforme nela, faço o leite, essas funções normais de toda manhã. Aí me lembro que o cara da net vem no período da manhã consertar meu Vírtua, que pifou no sábado. Lembro-me também, que pedi para minha faxineira furona chegar mais cedo hoje, pois o cara da net viria entre 8 e 12 horas. Ela chega às 9, e eu sabia que ele iria chegar às 8, Murphy nunca me decepciona.
Advinha que horas que o cara chegou? 8:15.
Meu quarto está uma zona, tem calcinha pendurada no modem, normal.
Ele entra, tira o modem da tomada, examina e não detecta nada de errado, coloca o modem em outra tomada e ele funciona. Porque eu não pensei nisso antes? Murphy amigo.
Pensei, beleza, nem vou precisar ficar aqui até a furona chegar (digo furona, pois ela vem duas vezes por semana e falta pelo menos uma vez por semana, uma maravilha. Já viu diarista que falta assim, duvido, é só comigo).
Mas aí ele faz o teste do Net fone – ele fica ligado no modem e também não estava funcionando. O Net fone estava pifado, óbvio, não poderia ser assim tão fácil.
Fico até 9:40 em casa, o cara resolve o problema e a faxineira ainda não havia chegado. Saio de casa xingando, óbvio. (ela chegou as 10:00, fiquei sabendo agora).
O único dia que peço para a mulher chegar mais cedo, ela não chega e ainda por cima chega atrasada.
Beleza. Vou para o ponto de ônibus. Todos os ônibus passam, menos o meu, óbvio.
Depois de uns 20 minutos pego o Estação da Luz (o Praça Ramos vem por um caminho mais rápido, mas óbvio que ele não passou).
Essa linha maldita passa pelo Largo de Pinheiros. Quando estamos lá, vejo que o meu transporte diário está parado um pouco mais que o normal. O trânsito estava bloqueado, estavam fazendo explosões no solo, para a construção dos túneis do Metro.
Que beleza! Logo hoje! Sempre vejo a faixa – Explosões diárias blá blá blá. Mas nunca tinha presenciado uma naquele local. É bem divertido o chão treme, o povo do buzão fica com medo, bem legal.
Consegui passar por mais esse obstáculo e cheguei as 11:00hs na Editora, já cansada. Estou pensando seriamente em não fazer mais nada hoje, assim há menos probabilidade de acontecer mais coisas erradas comigo.
Separei umas Leis de Murphy que encontrei na Wikipédia, só para alegrar um pouco o dia de vocês!
Fui!
83. Se você está se sentindo bem, não se preocupe. Isso passa.
84. Lei de Murphy no ciclismo: não importa para onde você vai; é sempre morro acima e contra o vento.
85. Por mais tomadas que se tenham em casa, os móveis estão sempre na frente.
86. Existem dois tipos de esparadrapo: o que não gruda, e o que não sai.
87. Uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada.
88. Tudo que é bom na vida é ilegal, imoral ou engorda.
89. Por que será que números errados nunca estão ocupados?
96. Um documento importante irá demonstrar sua importância quando, espontaneamente, ele se mover do lugar que você o deixou para o lugar aonde você não irá encontrá-lo.
98. Uma maneira de se parar um cavalo de corrida é apostar nele.
99. Toda partícula que voa sempre encontra um olho.100. Sorria! Amanhã será pior

Thursday, August 17, 2006

Neide – a carniceira

Gente, foi horrível! Horrível, doloroso e duradouro por algumas semanas. Eis que eu, inocente, entreguei meu pezinho saudável que nunca conheceu uma unha encravada na vida para uma pedicure desconhecida, até então em um salão de confiança. O Senhor já me enviava sinais de que deveria sair dali correndo quando Neide – a carniceira - me deu o primeiro golpe. Na cara dura, aquela mulher invejosa me solta a seguinte e constrangedora pergunta: Você está grávida?

Ora, isso é pergunta que se faça? Ainda mais vinda de um ser que coleciona gomos de banha na barriga, em antiestéticas e incontáveis camadas. Tudo bem que amargo uns quilos extras, estou ciente disso, mas ela tinha esse direito? Fiquei com muita raiva, muita raiva mesmo. Tanta que segui sem mais olhar para a cara dela, naquela posição de rã, incômoda, com os pés para um lado e esticando as mãos do outro, um horror!

Senti doer meu dedão esquerdo algumas vezes, mas achei que fosse uma sensibilidade normal, nada demais. Mas não. A infeliz ainda não tinha se dado por satisfeita e possuída de uma cólera sabe-se lá porquê conseguiu machucar o meu pé. Cutucou o cantinho da unha tanto e cortou o que não devia que me causou uma infecção.

Eu que nem sei lidar com essas coisas experimentei esperar para ver se passava e NADA. Tentei tratar com pomada e NADA. Mancava, vinha trabalhar com sapatos abertos em dias de frio de tanta dor e aquele martírio não acabava. Foram umas três semanas nessa situação e o pior é que além de sair ofendida e lesionada do salão ainda paguei pela bosta do serviço.

Resolvi boicotar a mulher. Fiz questão de ir com o dedo cheio de pus num dia de salão cheio para mostrar a merda que ela tinha feito. Puxei o assunto perguntando pela podóloga e justamente a manicure que me atendeu era a própria – Cida – que Deus abençoe, fez minha mão direitinho, tratou meu pé de graça e com outras colegas levou esse fato ao conhecimento da proprietária do salão. Se não fosse essa mulher jamais voltaria ao salão, mas a açogueira permanecia por lá. Dava um dó ver alguém sentar para fazer o pé com ela. Passava rindo, quase que debochando da minha impotência em não puder tirar ela dali.

Isso aconteceu há alguns meses. Nessa semana, numa emergência, voltei ao salão. Mãos com a Cida, claro! Não vi a Neide, mas uma senhora fazendo teste para entrar no salão.

"Precisa-se de manicure". Sim! Neide foi embora!

Pior que horrível .....

Foi pior que horrível...pedir aumento para a chefa, explicando que há três anos ganho a mesma coisa e que infelizmente nosso país sofre com a inflação. Afinal, gasolina, estacionamento, alimentação, tudo ficou mais caro....mas ai vem a resposta que tanto temia: “ah, no momento não tenho condições, também estou apertada com o dinheiro”.
Na semana seguinte a moça coloca silicone, faz lipo e fecha um pacote com trinta drenagens linfáticas.
FOI HORRÍVEL E REVOLTANTE!!!!!!!!

Bunda lelê. Quase...

Gente, foi horrível: minha calça jeans predileta rasgou. Verdade. Tudo bem que ela tava velhinha, me acompanhou durante uns seis, sete anos, mas tô puta. Não só por causa do jeans. O problema é que passei o maior carão na festa da minha amiga Fernanda.

Olha que beleza: vinte e cinco anos da Fernanda, amigos, família, todo mundo reunido na casa dela. Me levanto para pegar uma cerveja quando, de repente, sinto o dedo do meu namorado um pouco abaixo da minha cintura dizendo “Gabriellê (ele enfatiza o “e”) tem alguma coisa errada”. Quando eu olho tem um rombo enoooorme perto da região dos glúteos. Como sou uma pessoa discretíssima, ao ver o buraco falei em voz baixa – numa altura que até Deus escuta – “Não acredito que minha calça rasgou!!!!”. Pronto. A festa toda já sabia que eu estava usando roupa velha.

Com muito dó da minha pessoa, minha outra amiga, a Fabiana (irmã da Fernanda), disse que tinha uma calça para me emprestar. “Tenho uma calça novinha e nunca vou usá-la. Certeza que serve em você. Aliás, se servir, fica com ela”. “Até que não foi tão ruim assim”, pensei eu, feliz porque ganharia uma nova calça, pois não vou comprar outra meeeeesmo (tô dura, mas não vou me prolongar nesse assunto para não morrer de depressão).

A calça serviu. Com um pequeno esforço (deitei na cama para fechar o zíper), mas serviu. Gostei tanto do presente que vim trabalhar com ela hoje. E eu nem tô apertada aqui dentro, não tive que abrir o botão para sentar e nem tô com a cintura vermelha. Acho que vou continuar engordando um quilo por mês. Até dezembro chego aos 60 kg.

Tuesday, August 15, 2006

Gente, o Brasil é horrível

An American said:"We have George Bush, Stevie Wonder, Bob Hope, and Johnny Cash."

A Brazilian said:"We have Lula da Silva, no wonder, no hope, and no cash."

Só comigo

Mendigos me detestam. Não é exagero, é a mais pura verdade. Pior: além de me detestarem, eles me perseguem. Mentira? Pois bem. Você já APANHOU de algum mendigo? Eu já. E minha canela ficou roxa, com aqueles hematomas de três cores - verde, marrom e roxo.

Era uma segunda-feira de manhã, estava indo para a FIAM, morrendo de sono e tinha que assistir uma aula de ética com um professor chato pra porra. Dá para imaginar o meu bom humor, né? Bom, tô lá, andando pelas ruas de Moema quando, bem de longe, vejo o elemento falando sozinho. “Melhor não atravessar a rua. Ele vai perceber que estou com medo e vem atrás de mim”, pensei eu, espertona. Então... não adiantou. O desgraçado veio na minha direção berrando, segurou meus dois braços e começou a me chutar. Deve ter dado uns oitocentos chutes na minha canela esquerda. Ele falava umas coisas sem sentido e eu não entendia nada, mesmo porque, estava em uma espécie de transe de tão assustada. Só me dei conta que deveria fazer alguma coisa quando senti o cheiro do fdp. Minha canelinha já latejava nessa hora. Não sabia se chorava, se corria, se mordia a mão dele. Ai, credo! Morder a mão dele nunca, puta mão suja! E o tanto de bactérias que devia ter nas unhas dele? Enfim, dei uma pastada na cabeça dele. Como sou coordenada demais, pegou nos olhos e finalmente o cara me soltou. Saí correndo, tremendo e fui para a faculdade pensando “mas que diabos eu fiz para merecer isso?”. Só Deus sabe...
Gente, foi horrível!

Manhã caótica

Faço hoje minha primeira contribuição para esse blog tão essencial para vida de nós mortais, sobreviventes do caos instalado nesse mundo.
Calma, eu explico melhor.
Essencial é, pois, Gente, Foi Horrível! não é apenas uma expressão, não é uma exclamação e nem meramente uma frase de efeito. Gente, Foi Horrível! é uma libertação, um grito aliviado, é a fronteira entre o problema e a solução, é a barreira ultrapassada, é o desprendimento.
A solução que precisávamos para continuar seguindo nosso caminho. Muitos meditam, fazem cursos, tomam Prozac, outros tomam florais, ouvem música clássica, mas nós gritamos Gente, Foi Horrível! e despejamos nesse blog, todos os absurdos que vemos, todas as situações bizarras que passamos, e de alguma maneira nos aliviamos. Nos aliviamos por gritar, nos aliviamos por contar e, principalmente, sentimos o alívio de ver que tem gente que passa por situações piores que as que passamos.
Pensei nisso hoje, pois Gente, tive uma manhã horrível!
6:30 da manhã (vale lembrar que acordo diariamente as 7:30), me sinto molhada. No meu sonho, me imagino num biquíni minúsculo, com um corpinho lindo, molhada depois de um mergulho no mar, me secando no sol. Mas a sensação de estar molhada se intensifica e aí acordo gorda, em um pijama horrível e vejo que a aguaceira era minha filha que resolveu aliviar sua bexiga em cima de mim. Acordamos as duas encharcadas e vamos para o banho, até pensei no lado bom – pelo menos chego mais cedo no trabalho (sempre quero acordar mais cedo e chegar mais cedo, mas nunca consigo). Saio de casa e me dirijo ao ponto de ônibus. Gente, ponto de ônibus em dia de greve de metrô é horrível, lotado. Os ônibus passam muito cheios e acabo entrando em um que nunca pego, que para um pouco longe.
Um tiozinho com cara de tarado começa a apreciar minhas enormes curvas de uma maneira agressiva. Não gostei e perguntei - Tá olhando o que mané? E ele responde: você. Passo para o fundo do ônibus para fugir do olhar malévolo do tiozinho. Sento na escada da porta, saco meu livro do Nick Hornby e me afundo nele, fugindo do tiozinho e das outras pessoas bizarras que freqüentam os ônibus de São Paulo (uma delas sou eu hahahaha). Páginas e mais páginas são viradas, quando tenho a brilhante idéia de olhar para fora do ônibus. Gente, o ônibus tinha saído do percurso que eu achei que ele tomaria, virou numa rua e andou uns cinco pontos até que eu olhasse para fora. Bom, desci xingando, óbvio. Andei umas 5 quadras, parei em um ponto e dei o sinal para pegar outro ônibus (detalhe: onde eu estava não tinha nenhum ônibus que vinha para o meu destino, teria que pegar mais 2). Dei o sinal e o filho da p.... não parou. Pode uma coisa dessas! Enfim, no final consegui pegar o buzão, desci, peguei o outro e cheguei na editora. Resultado – cheguei atrasada, puta da vida e vocês não sabem do pior, ao entrar na cozinha da editora, senti falta de uma sacola que estava na minha mão, uma sacola que abrigava minha alimentação, o meu almoço ficou para trás e eu não tenho um real para comer.
Gente, foi e está sendo horrível!

Sunday, August 13, 2006

Era uma vez uma máquina cor-de-rosa

Gente, foi horrível o que aconteceu com minha amiga Fabi. Algum ser de má índole passou a mão na máquina fotográfica made in Japan da colega. Ela mesma relata a situação abaixo:

"....pois é, 20 dias de reciclagem na empresa em que trabalho, treinamento e mais treinamentos, provas, estudar...tudo o que vocês possam imaginar!...toda a turminha reunida, a maior alegria.
Aula prática na piscina, pra fazer a marinharia, eu e mais umas 3 pessoas, colocamos nossas máquinas fotográficas juntas, perto de uma torneira pra tirar fotos durante o treinamento. Consegui tirar minhas fotos que por sinal, tinham ficado ótimas, registros da minha vida profissional e de alguns colegas bem queridos.


Tudo bem que eu sou meio cabeça de vento, acabei por entrar no vestiário pra tomar banho e me arrumar e acabei me esquecendo da máquina lá...fui almoçar e me lembrei dela...voltei correndo ao local, perguntei pra inúmeras pessoas e ninguém viu nada, ninguém sabia de nada...foi lamentável!
A máquina sumiu...foi abduzida?!...foi furtada?!...acho que a segunda hipótese é a mais provável...e não acredito que dentro da empresa que trabalho, isso possa acontecer...
E quer saber do mais?!...haviam fotos minhas uniformizada...fotos do aniver do meu irmão...fotos do meu passeio em Manaus...fotos!!!...e minha máquina era cor-de-rosa...talvéz foi isso que chamou a atenção de quem passou a mão nela!!!


Resumo da ópera: sem mandar as fotos pras minhas colegas...sem tirar fotos por um período de tempo...e sem máquina cor-de-rosa...GENTE, FOI HORRÍVEL!!!.....MUUUUUITO HORRÍVEL!!!
Fabi(desabafei!!!)"



Friday, August 11, 2006

O problema do toilette

Preciso confessar que tenho uma certa fixação com o banheiro da editora. Com a limpeza, para ser mais clara. Mas, gente, o mínimo que se espera é que o lugar esteja em ordem na hora que pretendemos usá-lo.

Melhor eu nem começar a falar das coisas que já vi naquele recinto, pois não quero causar enjôo nas pessoas. Essa minha obsessão deve ser hereditária. Deus me livre fazer fofoca, mas a senhora minha mãe é compulsiva por limpeza e por culpa dela, meus colegas me acham uma chata por causa desse banheiro. Já ouvi que sou da "comissão do banheiro" e que considero o lugar um "santuário". Gente, foi horrível!

Não precisava....

Gente, foi horrível essa idéia de mudarem a Avenida Angélica para duas mãos. Agora, os carros que vem da Avenida Paulista podem entrar na Angélica. Talvez seja uma beleza para quem está dirigindo, mas para os pedestres isso é um tormento. Demora uma eternidade para o hominho ficar verde. Fora que um carro quase passou por cima de mim! O espertinho viu que o sinal ia fechar e acelerou na curva. Maldito!

Já sabem: se eu não vier trabalhar amanhã, é porque morri atropelada.

Onofre nunca mais

Tá decidido. Nunca mais compro na Onofre! Puta propaganda enganosa. Há uns três, quatro meses, entrei na megastore da farmácia na Av. Paulista para conferir o preço daquele perfume do Hugo Boss. Pois bem, o preço estava razoável e me apresentaram lá uma promoção do cartão fidelidade em que cada real acumulado valia um ponto que poderia ser trocado por prêmios como chapinha, barbeador elétrico e até MP3 player. Comprei. Mais pelo perfume do que qualquer coisa, mas segura de que havia acumulado mais de cem pontos no bendito cartão.

Eu só lembro de ter sido fiel a alguma farmácia na minha terra, onde por muito tempo desfrutei das vantagens de minha assiduidade na Panvel. Aqui em Sampa tanto fazia até então. Passei a comprar na Onofre até itens de higiene que poderia incluir perfeitamente na listinha do supermercado por esses três, quatro meses. Desviava caminho, andava um pouco mais, mas não comprando em outras redes, só na Onofre. Devo ter acumulado mais de mil pontos lá. A promoção era válida até final de agosto, depois zeravam todos os pontos.

Hoje, para minha surpresa, passei na megastore outra vez decidida a resgatar meus pontinhos e trocar por um presente legal. Paguei minhas compras e perguntei como deveria proceder. A caixa informou que deveria falar com o gerente. Depois de esperar um tempão ao lado do balcão ele me atendeu. Pediu o número do meu CPF e viu lá: 12 pontos.

Surpresa, questionei: "12 pontos? Só pode haver um engano. Apenas a compra que fiz hoje passa dos 50 reais!!! "Mas é o que consta", disse o cretino e ainda me falou que se eu ainda tivesse o cupom fiscal do perfume comprado há meses ele daria um jeito de computar, pode isso?

Não sei o que houve, mas só me faz pensar em má fé. Tiveram minha fidelidade rara por uns três meses, agora além de não mais me ter como cliente, faço questão de divulgar a malandragem. Não piso mais lá, nem para me pesar. Fodam-se os cafezinhos, limpezas de pele e maquiagens!

Ranzinzas

É verdade, nós reclamamos por tudo. Barulho, sujeira, desorganização, falta de educação.... ai, que saco! "Gente, foi horrível!" é uma frase muito usada pela nossa amiga PJ e é uma ótima forma de terminar nossos comentários ranzinzas.

É birrento? Se irrita por pouco? Reclama por qualquer coisa? Junte-se a nós!